quinta-feira, 4 de abril de 2019

Quando você gosta, você fala?


Eu tava pensando sobre a intensidade dos sentimentos. Encontramos com pessoas todos os dias, criamos relações casuais ou duradouras, e apesar de existir trocas, tudo é individual. O jeito que você se relaciona, o que você sente, o que você entrega, só você que sabe. Independente se você conversa todo dia, se troca figurinhas, se pergunta se tá tudo bem ou não.
O seu interesse é individual, por mais que o outro corresponda, a gente nunca vai saber se o que você dá é o mesmo que você recebe, mas esse texto não é pra ficar parecendo que é pra criar vínculo querendo algo em troca, mas pra dizer que ninguém pode medir a sua intensidade e só você é responsável por aquilo que entrega.
E isso é paradoxal, já que toda ação gera uma reação. Eu não vou dizer que amo se a pessoa não me inspirar amor, não vou querer estar perto, se não me sentir bem e confortável, não vou me preocupar, se não me sentir responsável pelo que o outro sente. Outro ponto paradoxal, eu me entrego, amo, me sinto responsável, tudo isso é individual, eu que escolho e depois isso passa a ser coletivo.
Não tem como, se uma relação der errado, depositamos muitas vezes a culpa no outro, mas se escolhemos nos envolver e estar inteiros em uma relação, esse é o risco que se corre, não tem a quem culpar, é esse o preço que se paga por estar vivo e ter que conviver em sociedade, se apaixonar, fazer amigos, se encontrar em meio ao caos e tentar sobreviver.

terça-feira, 5 de março de 2019

novidade

Experienciar. Essa palavra me pegou hoje. Eu vivo falando isso, sobre cada um ter as suas próprias experiências e então formar tudo o que vier depois. Não adianta eu te explicar o que é, você nunca vai sentir como eu sinto. Você nunca vai tão a fundo quanto eu no meu sentimento. A não ser que você experiencie ele comigo. É assim na dor, na paixão, no tesão, na alegria e em todos os sentimentos. Intensos ou não. Experienciar é o que traz o pertencimento de você dizer com orgulho que sente, mesmo que seja depressão, ou uma doença rara, o ser humano tem essa mania execrável de se gabar por estar na merda. Quando não, competir pra ver quem está mais na merda. E mesmo que o sentimento seja bom, ainda precisamos de aprovação, holofotes, ou o que quer que seja pra nos fazer sentir especiais já que somos meros fantoches do destino.