terça-feira, 30 de setembro de 2025

vômito

 quando o texto quer sair ele fica me empurrando e me maltratando, que isso, texto? calma, cara.

parece que eu tenho um relógio que me diz quando as palavras tem que ser debruçadas, e à mão ela não vem mais, nem pra escrever no meu diário eu presto mais, que coisa terrível, estou me rendendo à tecnologia. calma, estamos caminhando ainda, não estamos paralisadas, não viramos latim ainda, calma. não quero morrer do meu próprio veneno, chico. mas quero me embriagar dessas palavras que vou soltando sem ver, sem freio, sem parea...

calma. não estou sozinha, ou será que estou? não estou esgotada, nem amassada, nem quebrada, eu sou um emaranhado de ada e tudo isso eu estou, mas parece juntando tudo aí tem sentido. será que vou conseguir sair dessa sem enlouquecer completamente? será que vem aí? vamos, a gente consegue, a gente se empenha, a gente trabalha duro e se esforça como nunca, mas como sempre, como de costume exageramos no trabalho e temos burnout e exageramos na tensão e temos diabetes e exageramos na cobrança e temos hernia de disco, que saco!!! três exclamações, aboli esse hábito quando me tornei publicitária e vi que não podia usar três, mas eu queria usar, acho que a expressão sai mais expressiva, mas já aboli o hábito e não sou mais a santa das três exclamações, vamos para as próximas manias de mim.