quinta-feira, 20 de abril de 2017

a adolescência catuaba

As pessoas não tem interesse nas coisas, principalmente os adolescentes. Tudo bem que a internet é recente, ok, dá pra entender, mas são tantos os meios de pesquisar as coisas, de tentar entender o mundo, que eu fico muito irritada quando eu vejo pessoas sem o mínimo de interesse em saber o que está acontecendo ao redor delas. Guerras, destruição, políticos sendo desmascarados, mas a galera só quer saber de tênis branco e Counter Strike.
Puta que me pariu (mami, sem ofensa), tá normal namorar todos os migos da escola com 13 anos, tá normal engravidar duas meninas, assim como tá normal chegar em casa bêbado depois de uma noite loucona com os migos aos 13 anos, por que ao invés de chegar pra ajudar a resolver a equação de Bháskara, a era “vem de zap” tá chamando pra fazer batida de catuaba, tudo isso aos 14 anos recém completados.
Adolescente gosta de viver perigosamente, se sentir o pica do rolê e o caralho, a internet deveria servir pra informar que o consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes compromete o sistema nervoso central e que as pessoas que começam a beber antes dos 15 tem mais facilidade de desenvolver dependência química futuramente e ainda pensando na vida adulta, o uso de álcool na adolescência é associado ao maior consumo e abuso de outras drogas.
Sair de casa, morar longe dos pais sempre foi o divisor de águas entre a infância e maioridade, porque a partir dali é que se ia aprender a se virar sozinho, a fazer uma comida, a lavar a própria roupa, enfrentar desafios básicos de convivência – conhecer novas pessoas – e tentar se relacionar de uma forma que a existência não seja apenas mais uma interrogação.
Eu precisei, mas não é todo mundo que precisa, tem gente que já vai crescendo com aquela maturidade like Maisa, que se diferencia no meio da multidão e tem noção do que veio fazer no mundo, eu não tinha (nem sei se ainda tenho), mas meu ponto é: eu fico intrigada com a falta de interesse das pessoas em descobrir, entender, aprender, inovar.

Poderíamos estar mais atentos às mudanças climáticas, dar aquela respeitada no meio ambiente, tratar bem nossos pais, comer mais verduras, dar umas voltinhas de bicicleta, sair da zona de conforto, parar de querer ser igual, fazer o que os outros fazem só pra se incluir na rodinha, é mais difícil ser diferente, eu sei, mas é tão bom sair da bolha e tentar coisas novas, traz uma sensação de liberdade, recomendo.  

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